A falta de higiene bucal ou o sofrimento de um trauma podem afetar a parte interna do dente, na qual estão os vasos sanguíneos. O que muitas pessoas não sabem, no entanto, é que o tratamento de canal é um dos mais eficazes para barrar o mal-estar e devolver a função dentária nesses casos.
Apesar de esse não ser um processo novo, ainda existem muitas dúvidas envolvendo o assunto. Por isso, veremos neste texto qual é a importância desse método odontológico e quais são os principais mitos que giram em torno dele. Continue lendo para conferir!
Por que é importante saber sobre o tratamento de canal?
Esse tratamento é mesmo uma incógnita para muitas pessoas — há quem ache, por exemplo, que a técnica é dolorosa, custosa e que deixa o sorriso escurecido. Diante de tantos mitos, ignorar o tema não ajuda em nada na hora de resolver o problema, muito pelo contrário.
Ao sentir dor em algum dente, você deve procurar a ajuda clínica. Se o diagnóstico apontar cáries, o ideal é remover logo a área afetada, uma vez que a contaminação pode chegar à polpa. Logo, quando a dentição está comprometida, o profissional tem que remover a parte infeccionada e “fazer o canal”, preenchendo o espaço com uma nova substância.
Na verdade, o tratamento de canal vem sendo aperfeiçoado há muito tempo pelos dentistas, sendo hoje uma das técnicas mais indicadas para resolver a inflamação na parte interna do dente, seja pela proliferação de bactérias, seja por causa traumática.
Como a cirurgia mexe com a região vascularizada da dentição, é normal que o dente fique mais frágil após a operação. Para melhorar esse quadro, os dentistas usam cimentação em pinos de fibra de vidro, material que reforça o interior dental.
Quais são os maiores mitos sobre o tratamento?
Antes de vermos os principais mitos sobre o tratamento, vale ressaltar que ele acaba com a infecção avançada na parte interna do dente, mas não previne que o problema volte a aparecer se você não tomar cuidados com a sua saúde bucal. Ainda assim, o método é indolor, rápido e não altera a aparência natural do sorriso.
1. “Qualquer dor no dente implica em tratamento canal”
Esta lista de mitos não poderia começar de outra maneira: afinal, o tratamento de canal apenas é indicado para quem sente alguma dor? A resposta é: não. Isso porque, embora a inflamação na polpa do dente geralmente seja dolorosa, nem sempre a indicação de canal surge a partir desse indício.
O ideal é visitar o dentista semestral ou anualmente para ter certeza de que a sua saúde bucal está em dia. Caso haja a proliferação de bactérias e o surgimento de cáries na dentição, o profissional tomará a precaução para devolver a estética e a função do seu sorriso.
2. “O tratamento é doloroso”
Em geral, o tratamento de canal não causa nenhuma dor a quem precisa fazê-lo. Na clínica, os dentistas usam anestesia local, o que permite que a técnica seja concluída sem que o paciente se sinta desconfortável.
Vale dizer, no entanto, que se a pessoa estiver com uma infecção intensa e comprometedora, pode haver alguma dor no período pós-operatório. Ainda assim, o especialista receita o uso de medicação para amenizar o desconforto e melhorar o problema já nos próximos dias.
Outra situação possível é quando se negligencia o tratamento: nesse caso, a lesão causa uma dor forte, uma vez que a inflamação não é tratada e se torna mais aguda. Alguns efeitos do mal-estar são o latejamento — que torna a área sensível ao consumo de bebida ou alimento gelado —, o surgimento de feridas e até o inchaço no local.
3. “O método é opcional”
Esta mentira pode ser descartada muito facilmente: o tratamento de canal é indispensável para remover a polpa infeccionada e tornar o dente funcional novamente. Se o paciente negligencia esse procedimento por alguma razão, a infecção continua a deixar danos na boca, podendo inclusive comprometer o estado de outros órgãos.
4. “O procedimento é muito caro”
É incorreto afirmar que o tratamento de canal sempre custa caro. É necessário esclarecer que as etapas do processo (raio-X, anestesia, remoção e preenchimento da parte interna do dente) devem ser realizadas por um profissional especializado — logo, o valor da consulta dependerá do caso analisado.
Além disso, as inovações da endodontia (que é a área científica que estuda a parte interna do dente) tornaram essa técnica de canal muito mais popular e acessível, bastante eficaz para higienizar a boca e restabelecer as funções orais de cada vez mais pessoas.
5. “São necessárias várias sessões”
Não é justo dizer que o procedimento sempre requer várias sessões com o profissional. Na verdade, o número de visitas ao dentista dependerá de cada caso. Algumas inovações, como instrumentos rotatórios, ultrassom e microscópio, aumentam a precisão do processo e reduzem o tempo de tratamento a, no máximo, duas consultas.
6. “Ele escurece os dentes”
De fato, este item exige um cuidado especial com a explicação. Para deixar claro: não, o tratamento de canal não deve escurecer o dente operado.
As novas técnicas de endodontia já permitem que o diagnóstico seja rápido, e a intervenção, bem-feita. Algumas pessoas, contudo, apresentam traumas ou tratamentos de canal malsucedidos que mudam a aparência do sorriso. Se esse for o problema, há duas soluções possíveis: o clareamento dental ou o uso de facetas na cor natural do dente.
7. “O tratamento causa a morte do dente”
Por fim, este mito é muito popular entre pessoas que vão ao consultório: o dente morre quando se faz o tratamento endodôntico? A verdade é que, ao limpar o interior do dente — no qual estão os nervos e vasos sanguíneos — a dentição volta a ter sua função. O que ocorre, portanto, é a remoção de uma área comprometida por trauma ou ação de bactérias.
Neste texto, você descobriu por que é importante conhecer o tratamento de canal, que interrompe a infecção na polpa dental e é bastante indicado para quem sofre com o estrago das cáries. Além disso, conheceu uma série de mitos que rondam a técnica, a qual, geralmente, não modifica a aparência dental nem provoca dor.
Agora que já sabe quais são os principais mitos a respeito do tratamento de canal, que tal continuar inteirado na saúde bucal? Assine a nossa newsletter e receba em primeira mão nossos próximos conteúdos sobre o assunto!